tango
Ainda
danço tango / Com teus ternos / Guardados no armário.
Ainda faço amor / No mesmo ritmo / Das lembranças / De tua língua.
Ainda faço amor / No mesmo ritmo / Das lembranças / De tua língua.
Ele não voltou
para pegar suas roupas e eu não joguei nada fora: nem as gravatas, nem a flor
seca que ainda teima em espalhar um cheiro de despedida pelo quarto.
Deixei tudo lá para
me servir de choro e castigo, para me fazer rastejar, sozinha, de culpa e desejo.
Ai, a ausência
que nada preenche:
Nem os dedos,
nem a vontade que surge quando não peço, nem esta pouca vergonha que me faz
gemer seu nome enquanto me arrasto pelo chão.
Nem o tango que
ouço enquanto umedeço.
Nem a saudade me
revirando por dentro.
Nada preenche:
A fome.
...e a lembrança de suas mãos desenhando em meu corpo todos los pasos de amor.
mariza lourenço
[imagem ©penetre]
[imagem ©penetre]
4 comentários:
Deixa estar que ele volta... Mas, se não voltar, vai ficar tudo bem. Nem é preciso trocar Gardel por Wando... Jamás!
3:49 PMLiteratura no clima do tango, Mariza!
9:37 PMtodos los pasos, todos, todos, todos...
11:55 AMteste
10:16 AMseja bem-vindo, bem-vinda.
será um prazer ler e responder seu comentário, no entanto, optei por não aceitar comentários anônimos, ofensivos ou que, de alguma maneira, possam constranger aqueles que gentilmente se dispõem a me visitar.
grata,
mariza lourenço